Congos, Congadas são folguedos que comumente aparecem na forma de préstitos (cortejos), os participantes cantando e dançando, em festas religiosas ou profanas, homenageando, de forma especial, São Benedito. Muitos destes folguedos cumprem também um papel auxiliar no catolicismo popular, ajudando tantos e tantos devotos a cumprir suas promessas. Sua instrumentação varia em cada região, havendo destaque para a percussão, sempre com muito peso estimulando muitos momentos de bailados vigorosos e manobras complicadas. Há congos de sainhas, com grande quantidade de caixas, com chapéus de fitas, com manejos de bastões e espadas (alguns grupos exibindo exemplares dos Exércitos dos tempos do Império e início da República).
Às vezes possuem reinado (rei, rainha, vassalagem) envolvendo parte dramática com embaixadas e lutas. Dentre estes, as mais completas são as congadas do Litoral Norte (Ilhabela e São Sebastião), por suas estruturas complexas e presença das marimbas.
Ocorrência: Altinópolis, Aparecida, Atibaia, Briritiba-Mirim, Caçapava, Caraguatatuba, Cotia, Cruzeiro, Cunha, Franca, Guararema, Guaratinguetá, Ilhabela, Itapira, Jacareí, Lorena, Lourdes, Manduri, Mogi das Cruzes, Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Morungaba, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piracaia, Piraju, Redenção da Serra, Salesópolis, Salto Grande, Santa Izabel, Santa Cruz do Rio Pardo, Santo Antônio da Alegria, Santo Antônio do Pinhal, São José dos Campos, São Luiz Paraitinga, Suzano, Tapiratiba, Taubaté, Ubatuba. |
Encontro de Folia de Reis |
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É tão expressiva a presença das Folias de Reis ao Norte e Noroeste paulista que muitos dos municípios da região realizam grandes Encontros de Folias de Reis que chegam a mobilizar acima de 50 grupos em cada um, afluxo de devotos e fartura de comezainas. No calendário dos eventos buscam os organizadores nos muitos municípios não coincidir datas, o que em muitos momentos torna-se inevitável, estendendo-se os mesmos até o mês de Maio, com interrupções pelo período quaresmal, e até mesmo pelo 2º semestre. Ocorrência: Altinópolis, Alto Alegre, Américo de Campos, Araraquara, Araras, Barretos, Barrinha, Batatais, Bebedouro, Bento Quirino, Borá, Brodósqui, Caconde, Cajuru, Campinas, Campos Novos Paulista, Cândido Mota, Cássia dos Coqueiros, Catiguá, Cedral, Cidade de São Paulo, Cosmorama, Coutinhos, Cruzeiro, Cunha, Dracena, Estrela D'Oeste, Fernandópolis, Flora Rica, Florínea, Franca, Gastão Vidigal, Guardinha, Guarulhos, Getulina, Ibirá, Ilha Solteira, Indiaporã, Ipuã, Itapiratiba, Itirapuã, Ituverava, Jaborandi, Jaboticabal, Jales, José Bonifácio, Juquitiba (Festa de Reis), Lins, Lourdes, Lupércio, Meridiano, Miracatu (Reis), Mirassol, Mococa, Mogi das Cruzes, Monções, Monte Aprazível, Nhandeara, Nova Aliança, Nova Granada, Nova Lusitânia, Pacaembu, Palmital, Parapuã, Penápolis, Peruíbe, Piquete, Piratininga, Pitangueiras, Pontes Gestal, Potirendaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, Sales, Sales Oliveira, Santa Rosa do Viterbo, Santo André, Santo Antônio da Alegria, Santópolis do Aguapeí, São Bernardo do Campo, Sào Caetano do Sul, São Francisco, São José do Rio Preto, São Luiz do Paraitinga, São Pedro do Turvo, Serra Azul, Serrana, Silveiras, Taciba, Tambaú, Taubaté, Três Fronteiras, Tupã, Urupês, Viradouro, Votupuranga. |
A devoção ao Divino Espírito Santo constitui-se em um dos fortes núcleos das devoções populares em São Paulo. Herança do colonizador português se exterioriza de diversas formas, resultando sempre em grandes festas, sendo estas das mais cheias de pompa e espetacularidade desde os tempos do Brasil Colônia. Da celebração festiva já faziam parte os imperadores, mordomos, bandeireiros, império e levantamento do Mastro do Divino.
Festa do Divino
Acreditamos, que as Festas do Divino sejam das mais difusas por todo o Estado, concentradas no tempo Pentecostal prescrito pela Igreja e fora dele, quase sempre cheias de pompa e espetacularidade. São muitos os municípios que as realizam com imponência e fartura de comezainas. Assumem peculiaridades regionais, ressaltando-se das que são organizadas no Médio Tietê os famosos encontros fluviais das Irmandades do Divino em grandes batelões. Nas do Litoral e Vale do Paraíba multiplicam-se os cortejos de muitos devotos, cada qual com sua bandeira votiva. Ainda nesta região são comuns os cortejos a cavalo (as famosas cavalarias), e a farra do João Paulino e a Maria Angu (bonecos gigantes). Nelas não podem faltar o levantamento do Mastro Votivo, o Império do Divino ricamente ornamentado, e as comidas, símbolo da maior graça do Divino - a fartura. Ocorrência: Angatuba, Anhembi, Araçoiaba da Serra, Arandu, Biritiba-Mirim, Buri, Cananéia, Capão Bonito, Caraguatatuba, Conchas, Cotia, Cunha, Divinolândia, Iguape, Itu, Jacupiranga, Laranjal Paulista, Lagoinha, Mogi das Cruzes, Nazaré Paulista, Nuporanga, Paraibuna, Pereiras, Piedade, Piracaia, Piracicaba, Porongaba, Porto Feliz, Ragoinha, Santa Branca, Salesópolis, São Luís do Paraitinga, Silveiras, Suzano, Tietê, Ubatuba, Ubirajara. Folias do Divino
São pequenos grupos de até 5 pessoas, os Foliões do Divino, que, com suas jornadas, meses participam da preparação das Festas do Divino, visitando as casas das zonas rural e urbana, cantando os feitos e os poderes do Divino Espírito Santo, recolhendo donativos, sempre abundantes, para sua celebração. Percorrendo assim as comunidades de canto a canto e anunciando a festa, avivam a fé no Divino. Ocorrência: Anhembi, Caconde, Cananéia, Cunha, Iguape, Itanhaém, Itu, Itapeva, Lagoinha, Laranjal Paulista, Mogi das Cruzes, Natividade da Serra, Paraibuna, Piracicaba, Redenção da Serra, Salesópolis, São Luís do Paraitinga, São José dos Campos, Tietê, Ubatuba.
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