sexta-feira, 15 de julho de 2011

"A carta do chefe Seattle"

"Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza as cinzas de nossos ancestrais.
Para que eles respeitem a Terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: que a Terra é nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a Terra está cuspindo sobre sí mesmo.
De uma coisa temos certeza: a Terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence à Terra. Disso temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como sangue que une uma família. Tudo está associado". 
 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

História Pretérita

A semente para a esperança começa com uma promessa, com a continuação dos sonhos em uma nova promessa, em um novo discurso, mas os sonhos esses se revigoram, quase como se a realidade se materializa após as palavras de campanha, os sonhos e as esperanças perduram a mais de uma década. Esse texto está sendo escrito em março de 1995.
     O sonho do sertanejo não desaparece mesmo após alguns milhões serem gastos em obras faraônicas. Algumas palavras podem representar mais que sonhos, tornando-se quase palavras concretas. Uma palavra escrita ou dita pode destruir a realidade de muitos brasileiros. Nesse ano a realidade nos mostra que o clientelismo, a corrupção, a incompetência e o descaso tornaram-se sinônimos para serem usados no cotidiano, quase que comum, é perfeitamente compreensível que a barragem não foi adiante esse ano, o açude vai ficar para o inverno, tudo bem que o projeto de irrigação não chegou ainda. Graças a Deus que choveu.
     Na eleição do atual presidente Fernando Henrique Cardoso (sociólogo) foi dito em campanha e em companhia de muitos deputados e muitas famílias pobres e ricas das regiões (Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte) que com os açudes que terão pescado para muitas famílias; foi o que prometido no discurso nas cidades de Iguatu, no Ceará, São João do Piauí, no Piauí, Jucurutu, no Rio Grande do Norte, todas essas cidades estão com obras em açudes desde final da década de 80. Desde o ano de 1983 o açude de Serrinha no sertão pernambucano que nas falas patrióticas alimentaria 3.100 fam ílias por dia, somente com a produção de pescado. Serrinha até o presente ano de 95 (março de 1995) consumiu em sua construção 20 milhões de reais e 95% da sua estrutura está concluída. Então o sonho do morador sertanejo, as famílias esperam pelo término de 5% do restante do açude ao custo de 4 milhões e a esperança que as palavras e os sonhos se realizarão.
     Nesse final de trimestre de 95 cabe ressaltar que o Plano Real implantado no governo Itamar Franco, cujo Ministro da Fazenda era Fernando Henrique Cardoso, hoje atual presidente eleito com 55% dos votos, propôs um novo modelo de desenvolvimento econômico e a integração da nossa República ao mercado mundial com uma política agressiva de privatizações; ao contra ponto das privatizações o governo federal desenvolveu uma gama de políticas sociais de transferência de renda para as camadas populares mais carentes, com os programas chamados de ‘vale gás’, o ‘bolsa alimentação’ e o ‘bolsa escola’.
    O ministro Gustavo Krause (Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal) e o ministro José Serra (Ministério do Planejamento) receberam um dossiê que demonstra os valores, o tempo e as obras que começaram e estão inacabadas, as diversas planejadas, que já consumiram parte do orçamento sem ao menos sair do projeto. O documento federal recebido pelos os Ministros Serra e Krausse, os colocam cientes da “fábrica de dinheiro que é a seca”, objetivamente cita o desperdício de verbas públicas em constantes obras de combate a seca; infelizmente a indústria do orçamento no interior do Congresso, onde poucos, mas ativos parlamentares criam emendas que parecem beneficiar determinados setores da iniciativa privada, especificamente as empreiteiras.
     O dossiê do governo federal relata 50 projetos inacabados em 1995. Mas agora com o conhecimento dos ministros do Meio- Ambiente e do Planejamento, acredito que os sonhos da ‘família sertaneja’ se concretizarão. A seca não mais será um fardo, um espectro que circunda a sua vida. Como  o governo federal, FHC otimizarão seus conceitos em Copenhague, cuja cidade recebe a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Social, cujos princípios estão sendo recebidos pelos governantes do mundo (Fernando Henrique Cardoso, Klausse, Pedro Malan poderão dialogar com Bill Clinton sobre privatização, e  de diminuição de gastos públicos em programas sociais).  A declaração estipula um programa com dez pontos importantes; um me chama a atenção que é a erradicação da pobreza e suas conseqüências como o alto índice de mortalidade infantil no Brasil, mas especificamente nas áreas das três cidades citadas (CE, RN e PI ),se as metas forem alcançadas no prazo e como  um novo mundo, perfeito, quase sem desigualdades.
     Como explicar que em 16 anos na região mais carente do Brasil o semi- árido recebeu mais de R$ 408 milhões de reais em verbas saídas em Projetos Parlamentares do Congresso ou verbas de caráter emergenciais mas que apenas prestam socorro mas não resolvem o problema. Os açudes construirão mais que sonhos nesse ano de 95, pois terminados no tempo previsto (como foi prometido em palanque por FHC, Serra, e inúmeras lideranças locais) não mais existirá o flagelo da seca.
     A seca continuará, pois é um fenômeno natural, mas com os açudes prontos o Sertão terá irrigação e conseqüentemente uma extensa produção agrícola, em lotes familiares com a reforma agrária, pequenas ou grandes propriedades particulares se beneficiarão. Mais dignidade, não apenas sobreviver mais um ano, mas sim construir o futuro com sonhos realizados.
     O atual governo do PSDB e aliados (acima de todos o PFL mais o PSDB , quebraram o monopólio estatal ligado ao petróleo e nas áreas relativas a comunicação), o presidente FHC, seus ministros citados prometeram equacionar o problema com a colaboração dos governadores ( são oitos estados afetados pela seca) e prefeitos da região; as obras até então interrompidas dentro do possível serão retomadas e as demais terminadas em até três anos. O atual governo possui uma sólida base parlamentar para empreender as mudanças sociais necessárias.
     Achei interessante colocar essas três cidades em contato direto com Araraquara, você pode, visualiza-lá geograficamente, e opinar sobre o que ocorre na região do semi-árido brasileiro. Segue uma serie de fotos de obras até então inacabadas.          
"Trabalhadores vão para a construção de açude no Ceará", 1983, foto de Sebastião Salgado
              

quarta-feira, 15 de junho de 2011

DEMOCRACIA E CIDADANIA

    A participação popular nas decisões administrativas pode acontecer com a orientação do próprio cidadão quando esse fica um pouco mais atento a necessidade de sua atuação (participação) nas tomadas de poder, escolhas administrativas e inúmeras outras à qual a maior parte dos cidadãos se nega a tomar parte das decisões e escolhas que lhe custam no presente e futuro, a dignidade e a sua cidadania é delegada a outro. A altíssima taxa de mortalidade infantil, o descaso com os idosos, o descompromisso de inúmeros órgãos públicos, revela que existe uma cidadania superficial, o cidadão desconhece a sua real capacidade no interior da sociedade, seu peso moral, político e institucional.
    Saber por exemplo que a renda no país e pessimamente dividida explica um pouco que as coisas nem sempre foram assim e é assim que sempre serão. Ocorre uma péssima distribuição da renda nacional, e isso não é por acaso, e sim um longo e contínuo da formação de nosso capital.
     Existe uma série de textos que devem ficar a disposição de qualquer pela sua importância no entendimento da realidade, o contexto de seu cotidiano. As leis fazem parte do nosso dia a dia, então temos o direito de uma forma rápida de ter acesso a essa legislação, permitindo a construção de um cidadão que no mínimo leu sobre o que se espera dele como indivíduo instruído.
    Segue então as ‘regras e normas de conduta do cidadão’, a Constituição brasileira de 1988 e outros textos mais. Um abraço e boa leitura.   


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm (ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE)

http://www.uel.br/projetos/leafro/pages/arquivos/DCN-s%20-%20Educacao%20das%20Relacoes%20Etnico-Raciais.pdf  (DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO- RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA)

terça-feira, 14 de junho de 2011

O CAIPIRA

O termo caipira (do tupi Ka’apir ou Kaa-pira, que significa “cortador de mato”), é o nome que os indígenas guaianás do interior do estado de São Paulo, deram aos colonizadores brancos, caboclos, negros e mulatos encontrados no grande interior do estado de São Paulo, sul do estado de Minas Gerais, norte do estado do Paraná, Todo o estado de Mato Grosso.
O professor Câmara Cascudo designa caipira como uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que significa “morador do mato”.
Sem sombra de dúvidas o ser humano do interior trás consigo a melancolia, a solidão do caboclo ou do mestiço que com suas roças e queimadas introduziam e incorporavam dos grupos indígenas que travavam contato seus conhecimentos medicinais, geográfico, criando formas de sobrevivência baseadas na lida com ervas do mato e as que já eram usadas anteriormente. Toda casa continha uma série de matos medicinais, vários chás e ervas, assim como no passado a mistura culinária nos proporcionou bolos de milho, mandioca, o eterno fogão a lenha, casas feitas de pau a pique e cobertas de palha ou de sapé.
Religioso, mítico, cheio de ritos, o contato com a natureza descreve de forma sucinta e breve esse ser humano típico de um espaço geográfico definido, devido à todo o processo de nacionalização, integração nacional, todo o complexo da comunicação televisiva querem unir, integrar o país com um tipo de fala e cultura padronizada, acabando por impor aos dialetos do interior, do litoral(caiçaras), grupos quilombolas, grupos indígenas, e a fala da capital que é bem típica o exemplo da capital paulista.
A religiosidade é profunda e marcante, segue uma séries de festas de devoção em todo o interior paulista.     

   
 






Bom Jesus




A devoção ao Bom Jesus da Cana Verde, ao lado de mais uma ou outra de suas denominações, é bastante difusa em todo o estado. Padroeiro de vários municípios, deu origem a cinco centros de peregrinação, sendo dois Santuários, patrono de várias romarias organizadas e cavalarias, de viajantes e pescadores.
Ocorrência: Aparecida, Apiaí, Bananal, Bom Jesus dos Perdões, Brotas, Cabreúva, Conchas, Floreal, Ibitinga, Jardinópolis, Mira Estela, Monte Alegre do Sul, Monte Aprazível, Óleo, Paulo de Faria, Pilar do Sul, Pitangueiras, Ribeira, Ribeirão Bonito, Ribeirão Branco, Rio das Pedras.




Catira




Catira e cateretê são denominações de nossas danças de sapateado, derivadas do antigo fandango português. Ponteiam todo o Estado, incluindo-se a grande São Paulo.
Com os Encontros de Catira no Revelando São Paulo buscamos estimular a participação das crianças e grupos de jovens.
Ocorrência: Álvares Florence, Arealva, Caconde, Cardoso, Cidade de São Paulo, Barretos, Bauru, Dracena, Dois Córregos, Gastão Vidigal, Guapiaçu, Guarulhos, Holambra, Ibirá, Joboticabal, Mauá, Monte Aprazível, Nhandeara, Novo Horizonte, Osasco, Palestina, Palmital, Platina, Paraguaçu-Paulista, Paranapuã, Paulo de Faria, Piracicaba, Poloni, Sabino, Santa Fé do Sul, São José dos Campos, Sorocaba, Tabatinga, Tanabi, Tapira, Taubaté, Urupês, Votuporanga.


Cavalarias



Cavalarias (a denominação mais usual) e cavalgadas como sinônimos de quantidades de cavalos, reunião de pessoas a cavalo, reunião ou marcha de cavaleiros com finalidade de lazer ou mesmo religiosa, são um traço comum em todo o Estado, com área de maior concentração na Grande São Paulo e no Cone Leste, mostrando o grande o gosto, o prazer de significativa parcela dos cidadãos de todas as classes sociais no trato com os cavalos. Sua expressão mais significativa se dá nas inúmeras romarias a cavalo e nas cavalarias de São Benedito. Com orgulho, cavaleiros e amazonas de todas as faixas etárias e classes sociais participam dos mais variados eventos populares que acontecem à parte do universo chamado country.
Ocorrência: Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Caconde, Cajuru, Cidade de São Paulo, Diadema, Espírito Santo do Turvo, Guararema, Guaratinguetá, Jaboticabal, Jaguariúna, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Nazaré Paulista, Osasco, Pilar do Sul, Pindamonhangaba, Piquete, Santa Isabel, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano, Suzano, São José dos Campos, Silveiras, Vargem Grande Paulista.



Cavalhadas




Há hoje em São Paulo duas modalidades de cavalhadas. Aquelas que reelaboram os relatos das lutas de Carlos Magno e os Pares de França contra os Mouros (lutas de Mouros e Cristãos) estruturando-se simbolicamente a rivalidade em dois campos que se opõem, nas investidas que cada grupo faz ao campo adversário e na oposição das cores: - azul para os Cristãos e vermelho a dos Mouros. O conflito é acirrado com mortes, raptos, prisões, embaixadas e resgates.

Os cavaleiros (12 representando Mouros e 12 representando Cristãos) sempre muito hábeis nas manobras com seus animais, esforçam-se em campo para dar conta do entrecho dramático através de carreiras e evoluções, em duplas ou grupais, de manejos de espadas, lanças e tiros de festim, e com a participação de coadjuvantes mascarados, sempre em números variáveis. A luta termina com a vitória dos Cristãos e a conversão dos Mouros.

A outra modalidade de Cavalhada, registrada no Brasil já no século XVI, sem entrechos dramáticos, estrutura-se em uma série variável de jogos montados:- das argolinhas, das canas (lanças), as alcancias. São muitas as notícias destes jogos eqüestres dentro da cidade de São Paulo no século XIX, o que sugere que os paulistas já possuíam um gosto especial pelo divertimento.
Ocorrência: Franca, Guararema e São Luís do Paraitinga (Mouros e Crsitãos), Igaratá e Santa Isabel (de Jogos). 



Congos




Congos, Congadas são folguedos que comumente aparecem na forma de préstitos (cortejos), os participantes cantando e dançando, em festas religiosas ou profanas, homenageando, de forma especial, São Benedito. Muitos destes folguedos cumprem também um papel auxiliar no catolicismo popular, ajudando tantos e tantos devotos a cumprir suas promessas. Sua instrumentação varia em cada região, havendo destaque para a percussão, sempre com muito peso estimulando muitos momentos de bailados vigorosos e manobras complicadas. Há congos de sainhas, com grande quantidade de caixas, com chapéus de fitas, com manejos de bastões e espadas (alguns grupos exibindo exemplares dos Exércitos dos tempos do Império e início da República).

Às vezes possuem reinado (rei, rainha, vassalagem) envolvendo parte dramática com embaixadas e lutas. Dentre estes, as mais completas são as congadas do Litoral Norte (Ilhabela e São Sebastião), por suas estruturas complexas e presença das marimbas.
Ocorrência: Altinópolis, Aparecida, Atibaia, Briritiba-Mirim, Caçapava, Caraguatatuba, Cotia, Cruzeiro, Cunha, Franca, Guararema, Guaratinguetá, Ilhabela, Itapira, Jacareí, Lorena, Lourdes, Manduri, Mogi das Cruzes, Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Morungaba, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piracaia, Piraju, Redenção da Serra, Salesópolis, Salto Grande, Santa Izabel, Santa Cruz do Rio Pardo, Santo Antônio da Alegria, Santo Antônio do Pinhal, São José dos Campos, São Luiz Paraitinga, Suzano, Tapiratiba, Taubaté, Ubatuba.
 

Encontro de Folia de Reis



É tão expressiva a presença das Folias de Reis ao Norte e Noroeste paulista que muitos dos municípios da região realizam grandes Encontros de Folias de Reis que chegam a mobilizar acima de 50 grupos em cada um, afluxo de devotos e fartura de comezainas. No calendário dos eventos buscam os organizadores nos muitos municípios não coincidir datas, o que em muitos momentos torna-se inevitável, estendendo-se os mesmos até o mês de Maio, com interrupções pelo período quaresmal, e até mesmo pelo 2º semestre.
Ocorrência: Altinópolis, Alto Alegre, Américo de Campos, Araraquara, Araras, Barretos, Barrinha, Batatais, Bebedouro, Bento Quirino, Borá, Brodósqui, Caconde, Cajuru, Campinas, Campos Novos Paulista, Cândido Mota, Cássia dos Coqueiros, Catiguá, Cedral, Cidade de São Paulo, Cosmorama, Coutinhos, Cruzeiro, Cunha, Dracena, Estrela D'Oeste, Fernandópolis, Flora Rica, Florínea, Franca, Gastão Vidigal, Guardinha, Guarulhos, Getulina, Ibirá, Ilha Solteira, Indiaporã, Ipuã, Itapiratiba, Itirapuã, Ituverava, Jaborandi, Jaboticabal, Jales, José Bonifácio, Juquitiba (Festa de Reis), Lins, Lourdes, Lupércio, Meridiano, Miracatu (Reis), Mirassol, Mococa, Mogi das Cruzes, Monções, Monte Aprazível, Nhandeara, Nova Aliança, Nova Granada, Nova Lusitânia, Pacaembu, Palmital, Parapuã, Penápolis, Peruíbe, Piquete, Piratininga, Pitangueiras, Pontes Gestal, Potirendaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, Sales, Sales Oliveira, Santa Rosa do Viterbo, Santo André, Santo Antônio da Alegria, Santópolis do Aguapeí, São Bernardo do Campo, Sào Caetano do Sul, São Francisco, São José do Rio Preto, São Luiz do Paraitinga, São Pedro do Turvo, Serra Azul, Serrana, Silveiras, Taciba, Tambaú, Taubaté, Três Fronteiras, Tupã, Urupês, Viradouro, Votupuranga.


Festas do Divino


A devoção ao Divino Espírito Santo constitui-se em um dos fortes núcleos das devoções populares em São Paulo. Herança do colonizador português se exterioriza de diversas formas, resultando sempre em grandes festas, sendo estas das mais cheias de pompa e espetacularidade desde os tempos do Brasil Colônia. Da celebração festiva já faziam parte os imperadores, mordomos, bandeireiros, império e levantamento do Mastro do Divino.

Festa do Divino
Acreditamos, que as Festas do Divino sejam das mais difusas por todo o Estado, concentradas no tempo Pentecostal prescrito pela Igreja e fora dele, quase sempre cheias de pompa e espetacularidade. São muitos os municípios que as realizam com imponência e fartura de comezainas. Assumem peculiaridades regionais, ressaltando-se das que são organizadas no Médio Tietê os famosos encontros fluviais das Irmandades do Divino em grandes batelões. Nas do Litoral e Vale do Paraíba multiplicam-se os cortejos de muitos devotos, cada qual com sua bandeira votiva. Ainda nesta região são comuns os cortejos a cavalo (as famosas cavalarias), e a farra do João Paulino e a Maria Angu (bonecos gigantes). Nelas não podem faltar o levantamento do Mastro Votivo, o Império do Divino ricamente ornamentado, e as comidas, símbolo da maior graça do Divino - a fartura.
Ocorrência: Angatuba, Anhembi, Araçoiaba da Serra, Arandu, Biritiba-Mirim, Buri, Cananéia, Capão Bonito, Caraguatatuba, Conchas, Cotia, Cunha, Divinolândia, Iguape, Itu, Jacupiranga, Laranjal Paulista, Lagoinha, Mogi das Cruzes, Nazaré Paulista, Nuporanga, Paraibuna, Pereiras, Piedade, Piracaia, Piracicaba, Porongaba, Porto Feliz, Ragoinha, Santa Branca, Salesópolis, São Luís do Paraitinga, Silveiras, Suzano, Tietê, Ubatuba, Ubirajara.
Folias do Divino
São pequenos grupos de até 5 pessoas, os Foliões do Divino, que, com suas jornadas, meses participam da preparação das Festas do Divino, visitando as casas das zonas rural e urbana, cantando os feitos e os poderes do Divino Espírito Santo, recolhendo donativos, sempre abundantes, para sua celebração. Percorrendo assim as comunidades de canto a canto e anunciando a festa, avivam a fé no Divino.
Ocorrência: Anhembi, Caconde, Cananéia, Cunha, Iguape, Itanhaém, Itu, Itapeva, Lagoinha, Laranjal Paulista, Mogi das Cruzes, Natividade da Serra, Paraibuna, Piracicaba, Redenção da Serra, Salesópolis, São Luís do Paraitinga, São José dos Campos, Tietê, Ubatuba. 

Os textos sobre o folclore estão disponiveis em www.brazilsite.com.br


sábado, 11 de junho de 2011

A política é um constante exercício de reflexão

A política é um constante exercício de reflexão, tendo os fatos como base e  exemplos calcados na realidade. No caso brasileiro devemos nos ater dentro do possível ao passado, há momentos da nossa política onde os candidatos a presidência a República  degladiavam-se  com ironia e requinte. O exercício da violência era constante, entre os intelectuais, administradores de empresas na cidade ou ligados ao setor rural, empresas de capital em geral, a nata do capital nacional estava representada nessas manifestações “bárbaras” de diálogo democrático sendo em forma de uma grande jornada democrática de embate verbal intelectualizado e com sotaque, sendo ao vivo e transmitido ao vivo pela televisão como verdadeiro espírito democrático. O beneficio proporcionado pelo diálogo (diálogo S.m. Fala entre duas ou mais pessoas; conversação, colóquio.) tem de ser constante para realmente transformar-se em melhorias para a construção do Estado. Foi separado uma série de imagens dos  Debates (S.m. discussão em que se alegam razões pró ou contra; disputa, questão.) a presidência, mas imagens um pouco agressivas pelo teor da linguagem política (S.f. Ciência dos fenômenos referentes ao Estado; ciência política. Sistemas de regras respeitantes à direção dos negócios públicos. Arte de bem governar os povos) da época.  Homens como Leonel Brizola, Paulo Maluf, Ronaldo Caíado e outros em ilustrativas imagens democráticas de diálogo. A distante década de 80 (1988) nos reservará as eleições que levariam a reorganização da Constituição e consecutivamente da própria sociedade civil que agora após 29 anos formaliza de forma direta seu voto para presidente de forma ampla e popular. No total eram 24 candidatos. Alguns como o Sr. Ulysses Guimarães (PMDB), Paulo Maluf (PDS), Guilherme Afif Domingos (PL), Aureliano Chaves (PFL), Ronaldo Caiado (PSD), Roberto Freire (PCB), Mario Covas (PSDB), Fernando Collor de Mello (PRN) e Luís Inácio Lula da Silva (PT).          

                                                         
                                                










                          

                                                    




 







sexta-feira, 10 de junho de 2011

O que está acontecendo no denominado mundo árabe?


Sobre a governabilidade da nação Líbia como essa insegurança governamental começou?
Podemos datar pelo presente- últimos dois meses- ou o correto é recuar ao ano passado e observar que essa agitação social, interna em diversos países 'árabes' que tem sido caracterizada em pequenas manifestações contra a corrupção, as prisões baseadas em leis constitucionais bizarras e anti democráticas. Leis que justificam a prisão por tempo indeterminado para averiguação, e o aumento dos preços em geral; a revolta é contra situações ditas banais, mas que controlam o movimento e desenvolvimento interno da própria sociedade, e aspectos relevantes a liberdade de expressão política tão controlada pelo estado.
De fato a realidade nos mostra que ela supera muitas das expectativas dos cientistas sociais sobre essas realidades-sociedades- distintas. As diversas sociedades-'tribos'- que vivem na República da Síria encontram-se em um dilema existencial de opor-se ao seu Presidente perpétuo e romper com a segurança da tribo a qual M. Kadafi pertence e que está bem armada, fazendo representar-se nos mecanismos de repressão governamental.
Nesse momento a pior solução ,e a que parece está será a escolhida que é a precipitação da divisão do país em dois. Mas lembrando que uma área a oeste, uma cidade ou enclave de rebeldes, tendo Trípoli como vizinha, a leste uma grande área que pertencem ao novo governo rebelde, áreas descontínuas, tendo ao centro o estado de M. Kadafi como Trípoli como capital e as regiões ao sul que geram constante atrito cultural com as regiões costeiras; onde atualmente se concentram os maiores focos de combate.
As tribos ao sul necessitam urgentemente mostrar posição menos ambígua do que as apresentadas até o momento.
 A Líbia se subdivide em 32 municipalidades (em árabe Sha'biyah, plural Sha'biyat).
As 32 municipalidades são:






17 Ghat
28 Surt
32 Yafran









































































quinta-feira, 2 de junho de 2011

O QUE É IDEOLOGIA?


   O termo Ideologia e de interessante análise. Marx conservará o significado napoleônico do termo: o ideólogo é aquele que inverte as relações entre as idéias e o real. Assim, a ideologia, que inicialmente designava uma ciência natural da  aquisição, pelo homem, das idéias calcadas sobre o próprio real, passa a designar, daí por diante, um sistema de idéias condenadas a desconhecer sua relação com o real. p.24.  
   A divisão social do trabalho não é uma simples divisão de tarefas, mas a manifestação de algo fundamental na existência  histórica: a existência de diferentes formas de propriedade, isto é, a  divisão entre as condições e instrumentos ou meios do trabalho e o próprio trabalho, incidindo, por sua vez, na desigual distribuição do produto do trabalho.
   Numa palavra: a divisão social do trabalho engendra e é engendrada pela desigualdade social ou pela forma da propriedade. p.61.

AUTORA: Marilena Chauí. O que é ideologia, editora brasiliense, 26ª edição